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FIAMMA by MORESQUE: um fogo transformado em perfume que seduz e transforma os sentidos
Família Olfactiva: Amadeirada, Aromática
Notas de topo: cipreste, íris, bagas de zimbro
Notas de coração: Patchuli, Mirra
Notas de base: mel, couro, âmbar, almíscar, baunilha, resinas
Perfumista: Andrea Casotti
Ano de lançamento: 2016
FIAMMA by MORESQUE não é apenas um perfume, é um ritual sensorial que arde com a intensidade de um fogo sagrado. O seu nome — FIAMMA, “chama” em italiano — antecipa o carácter incandescente desta criação olfactiva, nascida do fascínio ancestral pelo elemento fogo. Desde a primeira pulverização, esta fragrância não perfuma apenas: aquece, transforma e acende a imaginação. É uma homenagem à chama interior, à paixão indomável e ao desejo de transcender o visível.
As notas iniciais são enérgicas e místicas: o cipreste abre o jogo com a sua essência limpa e resinosa, profundamente ligada ao sagrado. A íris traz uma elegância terrosa e atalcada, etérea, mas envolvente, dançando com a energia vibrante das bagas de zimbro. Este trio cria uma abertura fresca e sofisticada que evoca a sensação de estar em frente a uma fogueira ao anoitecer, quando o ar cheira a madeira seca e a terra exala os seus segredos.
No coração, FIAMMA atinge a sua plenitude: o patchuli, com as suas nuances terrosas e achocolatadas, dialoga com a mirra, densa, resinosa, quase mística. Aqui o perfume adquire profundidade espiritual, como se invocasse memórias ancestrais gravadas no ADN. É uma fase hipnótica e envolvente, que faz lembrar os templos antigos onde se queimavam resinas para se conectar com o divino. A intensidade deste coração olfativo não é imponente, mas antes subtilmente sedutora.
A base é pura alquimia. A doçura dourada do mel e da baunilha mistura-se com o carácter animal e sensual do couro, enquanto o âmbar, o almíscar e as resinas oferecem um calor cremoso e inebriante. É neste acorde que FIAMMA revela a sua alma: complexa, quente, sensual, mas sempre elegante. O perfume não apaga o seu fogo, transforma-o num brilho íntimo que permanece na pele como uma longa carícia, como um segredo partilhado no ouvido.
Cada ingrediente aqui conta uma história. A mirra, extraída de árvores que exalam seiva aromática em terras africanas, é um símbolo de espiritualidade e proteção desde tempos remotos. A sua presença na composição não é acidental: traz solenidade e profundidade, como uma oração silenciosa numa língua antiga. A lenda de Mirra, a filha do rei de Chipre transformada em árvore, torna-se assim uma metáfora para o renascimento através do perfume.
O cipreste, por sua vez, introduz uma carga poética. Ovídio relatou como o jovem Ciparisso, eternamente a chorar a perda do seu veado, foi transformado por Apolo nesta árvore esbelta cujas lágrimas resinosas evocam a tristeza e a beleza do luto. Na FIAMMA, a sua essência aromática é uma ponte entre o humano e o divino, entre o fogo da alma e o do universo.
O frasco, com acabamento em ouro escovado, parece ter sido forjado no cadinho do mesmo fogo que inspira a fragrância. O tato e a visão rendem-se ao seu design, que antecipa a riqueza sensorial do que contém. Não é um recipiente: é um relicário, um totem.
FIAMMA não é um perfume para passar despercebido. É para os que abraçam a intensidade, para os que se reconhecem no indomável, para os que sabem que o fogo não destrói: purifica. É um aroma que reacende memórias, reacende paixões e reacende também uma certeza: a de que há perfumes que não se esquecem. A FIAMMA é uma delas.
Ideal para noites frias, para momentos íntimos, para quem adora a arte da perfumaria como ato de expressão pessoal. O seu rasto é tão único como a história que conta: a sua, contada em chamas.
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